Governo de Pernambuco anuncia reforço policial para fiscalizar medidas de restrição contra Covid-19

Por Cristiano Rodrigues 04/03/2021 - 20:00 hs

Diante da piora dos números da pandemia de Covid-19, o governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (4), que vai reforçar a fiscalização para coibir o descumprimento de restrições para evitar o contágio. Serão 3,4 mil plantões a mais de policiais em todo o estado.

Em pronunciamento transmitido pela internet, o secretário-executivo de Defesa Social, Humberto Freire, afirmou que, além do reforço no número de policiais nas ruas, foi combinado com os municípios do litoral de Pernambuco uma fiscalização mais efetiva nas praias e parques.

Esses ambientes, bem como atividades não essenciais, tiveram o funcionamento proibido nos fins de semana.

"Estamos empregando cerca de 3,4 mil profissionais a mais nas fiscalizações necessárias a esse momento tão difícil. São mais de R$ 720 mil, um esforço muito grande para que a gente possa, com os municípios, fiscalizar todas as áreas", afirmou o secretário.

Sistema de saúde no limite

O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou que o sistema de saúde está "no limite da sua capacidade". Na quarta-feira (4), as UTIs da rede pública dedicada à Covid-19 estavam com ocupação de 92%, mesmo diante de um progressivo aumento na quantidade de leitos.

Eram, até esse dia, 1.046 leitos de terapia intensiva. Na rede particular, a situação também preocupa: 87% de ocupação das 296 UTIs disponíveis. O secretário André Longo afirmou que a última semana de fevereiro foi a pior do ano de 2021.

"Os primeiros dias desta semana também já apontam para um agravamento ainda maior desses casos. Houve aumento de 14% e 20% em relação a uma semana e duas semanas atrás. A solicitação de leitos, pela primeira vez neste ano, superou a marca de mil. Foram 1.074, sendo 619 de UTIs e 455 em leitos de enfermaria. E essas solicitações seguem crescendo nesta semana em curso", explicou Longo.
Para o secretário, três fatores podem justificar esse aumento expressivo: "Festas clandestinas, a sazonalidade dos vírus respiratórios, que começa no fim de fevereiro e início de março e, muito provavelmente, a circulação de novas variantes, incluindo a P1, a variante brasileira", declarou.