PF cumpre mandados em três estados contra grupo suspeito de lavagem de dinheiro; confira

Esquema é comandado por doleiros e teria apoio de operadores financeiros para fazer remessas clandestinas de dinheiro entre Brasil e EUA, segundo a PF. Mandos foram para PE, RJ e MG.

Por Cristiano Rodrigues 22/09/2021 - 08:47 hs

Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (22), mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra suspeitos de lavagem de dinheiro, remessas clandestinas de capital e outros crimes. O esquema é comandado por doleiros com atuação no Brasil e nos Estados Unidos, tendo movimentado mais de R$ 250 milhões nos últimos dez anos, segundo os investigadores.

Os mandados, emitidos para endereços no Grande Recife, em Belo Horizonte e em Iguaba Grande (RJ), fazem parte da segunda fase da Operação Amphis. Não foram divulgados os nomes dos alvos, que se tratam de doleiros e operadores financeiros ligados a eles.

A PF informou que foram sequestrados, por ordem judicial, quatro apartamentos apartamentos localizados no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, pertencentes a um casal de doleiros.

Esse casal possui casas de câmbio no Recife e também em Porto de Galinhas, Ipojuca, no Litoral Sul do estado, e tem negócios semelhantes na Flórida, nos Estados Unidos, ainda de acordo com os investigadores.

A Justiça Federal em Pernambuco também emitiu nove mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e em residências dos suspeitos, sendo sete deles cumpridos até as 8h30. Além disso, houve determinação para bloqueio de contas de empresas ligadas aos investigados.

Segundo a PF, os alvos dos mandados de busca e apreensão são operadores financeiros que auxiliavam os doleiros nas atividades criminosas, principalmente realizando transações bancárias.

Esquema

A PF afirmou que o grupo atuava fazendo remessas de valores do Brasil para o país norte-americano e vice-versa, principalmente de maneira clandestina.

Apesar de possuírem autorização para realizar algumas operações de câmbio, os investigados utilizavam contas abertas em nome de laranjas ou empresas-fantasma, além dos operadores financeiros no Brasil e no exterior, para as transferências, segundo os policiais.

Na primeira fase da operação, ocorrida em outubro de 2020, os alvos foram doleiros do Recife suspeitos de auxiliar um grupo criminoso que abria contas com documentos falsos ou em nome de empresas-fantasma.