ATIVIDADE FÍSICA: Cresce número de brasileiros que fazem exercícios
Segundo a pesquisa Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal, entre 2009 e 2020, o percentual aumentou de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020.
O percentual de brasileiros que fazem exercício no seu tempo livre aumentou entre os anos de 2009 e 2020, variando de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020. Os dados são da pesquisa Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2020, do Ministério da Saúde.
A OMS recomenda a prática de ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos por semana com intensidade vigorosa. No mundo, 23% dos adultos não atingem essas recomendações.
No Brasil , a frequência de adultos com prática insuficiente de atividade física se manteve estável no período entre 2013 e 2020, variando de 49,4%, em 2013, a 47,2% em 2020.
O estudo classifica como fisicamente inativos todos os indivíduos que referem não ter praticado qualquer atividade física no tempo livre, nos últimos três meses, e que não realizam esforços físicos relevantes no trabalho, não se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta (fazendo um mínimo de 10 minutos por trajeto ou 20 minutos por dia) e que não participam da limpeza pesada de suas casas.
A frequência de adultos fisicamente inativos também se manteve estável no período entre 2009 e 2020, variando de 15,9%, em 2009, a 14,9% em 2020
Importância do acompanhamento
Segundo o especialista Doutor em Ciências do Movimento Humano, Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues, quanto mais se realiza, melhores são os resultados. Mas é sempre importante o acompanhamento de um profissional de educação física, que vai conseguir prescrever adequadamente, respeitando a individualidade de cada pessoa.
“Além disso, dados semelhantes são observados na perspectiva de saúde cardiovascular, metabólica, perda de peso, manutenção de peso após a perda e saúde osteomioarticular (por exemplo, ossos e articulações). Ainda, as evidências vêm crescendo em todos os aspectos de saúde, com os parâmetros relacionados à saúde mental recebendo grande atenção ultimamente, como depressão, ansiedade e estresse”, ressalta.
Atividade física por UF
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior percentual de adultos que praticam atividades físicas no tempo livre equivalentes a pelo menos 150 minutos de intensidade moderada por semana. O índice chega a 46,6%. Já São Paulo aparece com a menor taxa, 27,5%.
Adultos ativos por UF
Estados
2009
2020
Aracajú
30,1%
44,4%
Belém
33,8%
34,0%
Belo Horizonte
34,2%
41,0%
Boa Vista
31,6%
38,1%
Campo Grande
34,7%
38,7%
Cuiabá
28,2%
38,7%
Curitiba
31,9%
43,7%
Florianópolis
40,9%
45,4%
Fortaleza
31,1%
45,2%
Goiânia
34,0%
41,8%
João Pessoa
32,5%
36,6%
Macapá
32,1%
42,0%
Maceió
32,0%
44,8%
Manaus
31,5%
32,8%
Natal
31,0%
45,2%
Palmas
32,8%
45,2%
Porto Alegre
31,9%
35,8%
Porto Velho
31,2%
35,8%
Recife
29,6%
36,3%
Rio Branco
28,4%
36,9%
Rio de Janeiro
31,6%
35,6%
Salvador
28,9%
41,8%
São Luís
27,5%
37,6%
São Paulo
24,6%
27,5%
Teresina
28,3%
40,1%
Vitória
38,1%
45,0%
Distrito Federal
38,8%
46,6%
DCNT
Segundo a pasta, a pesquisa faz parte de uma série de estudos que serão disponibilizados entre os meses de março e traz panorama dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em torno de 71% das 57 milhões de mortes ocorridas globalmente foram ocasionadas pelas DCNT, em 2016. No Brasil, essas doenças são igualmente relevantes, sendo responsáveis, no mesmo ano, por 74% do total de mortes.