Bolsonaro defende ato de 7 de Setembro de 2021: 'democrático'
No ano passado, manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades do país com pautas antidemocráticas e inconstitucionais
No ano passado, manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades do país com pautas antidemocráticas e inconstitucionais
O presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliou, nesta segunda-feira (15), que a manifestação com pautas antidemocráticas e inconstitucionais registrada em 7 de Setembro de 2021 foi "ordeira e democrática".
"Os festejos se farão sentir em todo o território nacional até o 7 de Setembro, uma data cívica, de manifestação do povo nas ruas, como tivemos no ano passado, uma manifestação ordeira, democrática e com as cores verde e amarelo. O povo de bem nas ruas, mais do que falando em liberdade, falando em honestidade, patriotismo e, obviamente, em amor à nossa pátria", disse Bolsonaro.
A declaração foi dada pelo chefe do Executivo na abertura da exposição alusiva ao Bicentenário da Independência do Brasil, no Palácio do Planalto. O governo realiza uma série de atividades para rememorar a trajetória do país ao longo dos 200 anos. As ações têm como mote o tema "Liberdade, Independência e Soberania".
Manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades em 7 de Setembro de 2021. Na ocasião, pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. À época, Bolsonaro participou dos atos em Brasília e em São Paulo e atacou ministros da mais alta Corte do país.
O chefe do Executivo tem convocado os apoiadores para participarem do 7 de Setembro de 2022. Há previsão de atos em Brasília e no Rio de Janeiro. A ideia era que a manifestação ocorresse em Copacabana, reduto de atos bolsonaristas, mas o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), argumentou que a mudança pressupõe uma "logística complexa" e, por isso, manteve o Centro como palco do protesto.
Bolsonaro convidou, ainda, presidentes de países de língua portuguesa para a cerimônia. Entre os convidados, estão Marcelo Rebelo de Souza (Portugal), João Lourenço (Angola), Umaro Sissoco Embaló (Guiné-Bissau), Carlos Vila Nova (São Tomé e Príncipe), Filipe Nyusi (Moçambique), José Ramos-Horta (Timor Leste) e José Maria Neves (Cabo Verde).
Na convenção do PL, que o lançou oficialmente como candidato à reeleição, Bolsonaro convocou os apoiadores para irem às ruas pela última vez. "Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de Setembro, vá às ruas pela última vez. Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis são os poderes Legislativo e Executivo", afirmou.
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