Estado decretou, em abril, situação de emergência por causa da superlotação de UTIs neonatais e pediátricas devido ao aumento de casos da síndrome
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) contabiliza 10 mortes de bebês e crianças de até 9 anos, em 2024, por conta da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
O Estado também registra, segundo nota enviada pela pasta à Folha de Pernambuco, nesta quarta-feira (22), um total de 1.675 casos da síndrome neste ano, no período considerado até o fim da Semana Epidemiológica nº 20, encerrada no último sábado (18).
Pernambuco decretou, em abril, situação de emergência por causa da superlotação de UTIs neonatais e pediátrica. A determinação se deu por conta do aumento de casos da síndrome, causada por vírus, e da falta de leitos.
O Estado atravessa a chamada sazonalidade da circulação dos vírus respiratórios. Segundo a SES-PE, esse período vai de março a agosto.
No mesmo período de 2023, Pernambuco havia registrado 48 mortes em decorrência da Srag, além de 2.030 casos.
Os dados mais recentes da SES-PE ainda indicam ainda que, até a tarde de terça-feira (21), 90 pacientes aguardavam por um leito em todo o Estado, sendo 68 para UTI pediátrica e 22 para UTI neonatal — todos com quadro de síndrome respiratória.
"A SES-PE ressalta que a Central de Regulação realiza acompanhamento constante do sistema informatizado das demandas por solicitação de leitos, o que permite que a lista de espera oscile mediante a necessidade", informou a gestão estadual.
Na última segunda-feira (20), a Secretaria Estadual de Saúde abriu 10 leitos de UTI pediátrica para atender pacientes infantis, no Hospital Memorial de Goiana (HMG), no município de Goiana, na Mata Norte pernambucana.
Essas novas vagas se somam a outras 10 abertas no começo do mês de maio, no Hospital Ermírio Coutinho (HEC), em Nazaré da Mata, também na Mata Norte. Ao todo, o Estado abriu 168 leitos este ano — as vagas incluem UTI, UTI neonatal e enfermarias.