A Polícia Civil de Pernambuco informou, nesta sexta-feira (31), que instaurou um inquérito para apurar a denúncia de um crime sexual envolvendo um diretor de escola particular e uma criança, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife.
O caso tem relação com uma aluna de 5 anos, que relatou aos pais situações de abuso que sofreu na instituição.
Esses abusos teriam sido praticados por um funcionário do alto escalão pela instituição.
As informações com a versão da família da estudante foram enviadas por arquivo de áudio ao Conselho Tutelar da Região Político Administrativa 3 (RPA3-A).
Os parentes da menina também prestaram depoimento no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).
O conselheiro tutelar Wendel Moraes explicou que um áudio foi apresentado à instituição.
Segundo relatos do pai e da mãe, o diretor tentava beijar a menina no nariz, na bochecha e na boca.
Além de lamber o pescoço da menina, o diretor segurava ela à força mesmo com a resistência da garota.
A mãe percebeu machucados no braço da menina. Outras crianças também presenciaram esses abusos.
O Conselho Tutelar encaminhou os pais para o DPCA, e ainda não se sabe se a criança vai passar por exames médicos.
A polícia informou que o caso segue sob investigação por meio do Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e que as diligências especiais seguem em andamento.
A corporação também salientou a importância da cautela na divulgação desses casos pelo envolvimento de uma menor de idade.
Surgimento de mais um caso
No último dia 22 de maio, houve a repercussão de um caso investigado também pelo DPCA, sobre um caso de importunação sexual que teria sido praticado por um professor contra uma garota de 14 anos, em uma escola particular do Recife.
"O caso foi registrado no dia 20 e está sob o comando do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). As diligências foram iniciadas e seguirão até a completa elucidação", afirmou a nota policial.
O caso foi revelado pela família da aluna, que procurou a Polícia Civil para fazer a denúncia.
Os parentes da jovem, que não teve o nome divulgado, apontam que o professor de ciências teria praticado a importunação sexual.
Tudo foi descoberto a partir de conversas mantidas entre a garota e as amigas, por meio de um grupo de WhatsApp.
Nesses diálogos, os pais descobriram que o docente chamou a menina de "gata" e que até teria "tentado beijá-la na boca", de acordo com relatos feitos pelas próprias amigas da jovem.
Os pais da jovem fizeram o alerta por temer que esse docente, que atua em uma escola da rede privada em Boa Viagem, na Zona Sul, repita esse comportamento.
O professor foi desligado da instituição alguns dias depois das denúncias.
O caso segue sob investigação.