Na última quarta-feira, 3, ocorreu o julgamento público no Fórum de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste Setentrional de Pernambuco, do indivíduo acusado de participação no grupo criminoso responsável pelo assassinato de dois policiais militares e o ferimento de um cidadão em 1º de julho de 2019, na cidade conhecida como Capital da Moda.

De acordo com relatos, Wellington Kleber de Lima Santos, juntamente com outros três indivíduos identificados como Samuel Silva Santos, Manoel José de Lima e José Adson de Lima (conhecido como Galego de Leno), cometeram um assalto no mesmo dia a um supermercado no loteamento Dona Lica, durante o qual dispararam várias vezes, resultando no ferimento de um cidadão.

Uma patrulha da Polícia Militar, composta pelo soldado André Silva e o sargento Moacir Pereira da Silva, de 47 anos, que estavam nas proximidades, perseguiu o veículo dos assaltantes. Estes emboscaram a patrulha no Conjunto Habitacional Malhada do Meio e abriram fogo, atingindo os dois policiais.

André foi atingido fatalmente na cabeça e faleceu no local, enquanto o sargento Moacir foi socorrido, porém veio a falecer 20 dias depois no Hospital Regional do Agreste (HRA) em Caruaru, Pernambuco.

No dia seguinte ao ataque em Santa Cruz, em 2 de julho, uma grande operação foi conduzida pela Polícia Militar de Pernambuco em uma propriedade rural no Sítio Boi Bravo, no município de Riacho de Santo Antônio, Paraíba, onde os acusados estavam escondidos. Durante a operação, houve um intenso tiroteio, resultando na morte de oito membros do grupo criminoso. Wellington, conhecido como ‘Wellington Cabeludo’, conseguiu escapar, enquanto seus comparsas foram fatalmente feridos durante o confronto.

Além dos três assaltantes mortos, também faleceram Wedys Souza Vieira, conhecido como ‘Edys de Gevan’, de 22 anos; José Pedro Agostinho da Silva, de 30 anos; Raniere Alves de Souza, de 32 anos; Marcela Virginia Silva do Nascimento, de 29 anos; e Andson Berigue de Lima, conhecido como ‘Nanaca’, de 29 anos, este último vereador na cidade de Betânia, Pernambuco.

Após um período de fuga, sendo o único sobrevivente do grupo, Wellington foi capturado na Paraíba. No julgamento de hoje, foi considerado culpado pelo homicídio dos dois policiais e pela tentativa de homicídio. O juiz de direito João Paulo Barbosa Lima determinou uma sentença de 62 anos, 06 meses e 15 dias de prisão em regime inicial fechado.