Mulher é presa suspeita de matar o próprio filho recém-nascido queimado

Por Cristiano Rodrigues 13/05/2021 - 17:21 hs

Uma mulher foi presa suspeita de abandonar recém-nascido em terreno baldio e matar bebê queimado, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, o corpo de um recém-nascido foi encontrado carbonizado, na manhã da quarta-feira (12).

O delegado Wllisses Valentim, responsável pelas investigações, informou que a suspeita de cometer o crime é a mãe, de 24 anos. Ela já foi presa e confessou o crime.

Imagens de câmera de segurança mostram o momento que a mãe da criança chega de carro em frente ao terreno, desce do veículo, pega uma caixa de papelão, na qual o bebê estaria dentro, e entra no terreno baldio. Ela volta ao veículo e, segundo a polícia, pega um galão com álcool para atear fogo ao corpo do filho.

O delegado do caso informou que, durante o depoimento, a mulher afirmou que escondeu a gravidez de familiares do namorado. A mulher também disse que amamentou o bebê apenas no primeiro dia de vida e não sabe dizer se, no momento em que ateou fogo ao corpo, o filho estava vivo ou morto.

Segundo registro da Polícia Civil, o bebê ainda estava com a pulseirinha de identificação, geralmente usada em hospitais, e teria cerca de uma semana de vida. A mãe foi autuada pelo crime de ocultação de cadáver e está detida no presídio da cidade. O corpo foi encontrado queimado em terreno baldio, após um cachorro arrastá-lo pela rua.

Motivação: 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a mulher afirmou em depoimento que cometeu o crime porque estava com muita vergonha de ter a gravidez descoberta. 

"Segundo ela, a mãe é muito doente e até morreria se soubesse, ela estava com muita vergonha de ter sido descoberta, não queria o bebê e queria se desfazer dele", disse o delegado do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Wllisses Valentim. 

A suspeita também contou que o pai dela mora fora do país e sua mãe vive acamada. Por conta disso, ela não receberia bem a notícia da gestação. Em depoimento, o namorado da mulher, contou que soube da gravidez e eles decidiram realizar um aborto, no entanto, ela mentiu dizendo que havia dado certo.

O delegado contou que a mulher escondeu a gravidez com cintas para pressionar a barriga e chorou durante o interrogatório, mas estava convicta em sua decisão em não ter o filho. "Ela estava muito certa do que queria", disse o delegado. 

Trecho do interrogatório revelado pelo delegado ao G1 indica que o bebê, poderia estar vivo antes da mãe atear fogo. No entanto, a comprovação só será revelada após laudo cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve ficar pronto em até 15 dias.