Petrobras anuncia reajustes de 7,2% nos preços da gasolina e gás de cozinha

O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passa de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro

Por Cristiano Rodrigues 08/10/2021 - 14:42 hs

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (8) que vai reajustar o preço de venda da gasolina e do GLP, o gás de cozinha. O aumento nos preços passa a valer neste sábado (9) e acontece para evitar desabastecimento, segundo a empresa.

Com a mudança, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passa de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro. O reajuste representa aumento de 7,19% no preço do combustível para as distribuidoras. Segundo a companhia, a alta da gasolina acontece após 58 dias de estabilidade.

Já o GLP vai ficar 7,22% mais caro. O preço sai de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg, o equivalente a R$ 50,15 por 13 kg.

Segundo a empresa, as altas “refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

Aumento nos preços

A gasolina vem impactando a inflação nos últimos meses. Na divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ressaltou que a gasolina já aumentou 39,60% em 12 meses.

Em setembro, a média nacional do botijão de 13 kg do GLP chegou a R$ 98,70. É o maior valor médio real da série histórica conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), iniciada em 2001.

O valor fica cerca de R$ 20 acima da média praticada há um ano, quando o item custava, em média, R$ 77,40, em valores corrigidos pela inflação.

*Segundo a ANP, o valor da gasolina nos postos de combustível é composto da seguinte forma: preço do produtor da gasolina (35,6%), que basicamente é a Petrobras; preço do etanol anidro (14,8%); tributos federais como Cide, PIS/Pasep e Cofins (12,6%); tributos estaduais, que é o ICMS (28,1%). Como se obeserva, os impostos estaduais são bem mais altos do ICMS. Governo Federal não interfere na política de preços da estatal.