O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (1º) que o Brasil passou de 60 mil mortes relacionadas à Covid-19. De acordo com a pasta, foram confirmadas 1.038 mortes, totalizando 60.632 vítimas fatais.
Os novos casos são 46.712, o que elevou o total para 1.448.753 diagnósticos da doença do novo coronavírus. O número de novas confirmações é o terceiro maior da série histórica da pandemia no Brasil.
As informações divulgadas dizem respeito às confirmações feitas entre as 16h desta terça-feira (30) e as 16h de hoje, independentemente da data em que os casos e mortes tenham ocorrido. O Ministério da Saúde divulgou nova estimativa de que 826 mil brasileiros tenham se recuperado da Covid-19 até o momento.
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirmou que a pasta está verificando um processo de "interiorização" da doença, que está ficando menos concentrada nas capitais do país. Pela primeira vez em uma semana epidemiológica, houve uma porcentagem maior de mortes no interior do que nas capitais. Em relação aos novos casos, isso aconteceu há cinco meses.
Esse fenômeno já havia sido registrado no estado de São Paulo, que já inverteu o fluxo do início da pandemia e passou a transferir pacientes do interior para a capital.
Medeiros afirmou que a trajetória da doença não permite concluir se o aumento no número de casos tem relação com a flexibilização do distanciamento social que parte dos estados e municípios promoveu.
Regiões
Os representantes do Ministério da Saúde também falaram sobre a situação da região Centro-Oeste, que está vivenciando uma alta mais acelerada na propagação da doença e vê conflito entre gestores que defendem modalidades diversas de isolamento social.
Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) vem pedindo aos prefeitos do estado a adesão a uma modalidade mais rígida de quarentena.
"Repetimos que a decisão de distanciamento social mais restrito ou menos restrito é feita pelo gestor local", respondeu Medeiros, citando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que atribuiu aos estados e municípios a responsabilidade de definições sobre o assunto.
Diretor do departamento de Análise em Saúde, Eduardo Macário estendeu a preocupação do Centro-Oeste para as regiões Sul e os estados do Espírito Santo e Minas Gerais.
Questionado se a União não deveria orientar esses gestores, o secretário do Ministério da Saúde afirmou que a pasta "não se furta" a prestar esse auxílio.
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